quarta-feira, 28 de julho de 2010

Energia Elétrica no Amazonas - Parte I

Leda Neto, Augusto José   

Energia Elétrica no Amazonas: Aspectos históricos e atuais.


     Introdução

     O Amazonas é o maior estado do Brasil em extensão territorial, com uma área de 1.570.745,680 km², possui a maior floresta preservada, cerca de 98% do território , nele fica parte da maior bacia hidrográfica do planeta, isso representa a imensidão e a complexidade que é dotar o estado de serviços de qualidade, e em especial o de energia. A região é abastecida por um sistema isolado, compostos por termelétricas na maioria de seus municipios e localidades, mais nem sempre foi assim.

     A história nos mostra que já é de longas datas que esse desafio vem tentando ser superado, passando por vários ciclos econômicos e de desenvolvimento da região, no entanto, suprir essa região de energia elétrica de qualidade não é tão simples, passa por inúmeras dificuldades, dentre elas podemos citar: a grande imensidão do território, a baixa densidade demográfica, sistemas isolados, difícil acesso, complexo apoio logístico e de manutenção, dentre muitas adversidades.

     Uma das características do estado é possuir as suas principais cidade nas calhas dos rios, onde há pequena infra-estrutura, há também localidades ainda mais isoladas, comunidades dotadas de palafitas, formadas ao longo das margens dos rios e igarapés, abrigando pessoas que vivem da pesca e da agricultura familiar, sem nenhuma outra fonte de renda, portanto, nenhuma atratividade para o setor energético, pois as mesmas também não possuem demandas que justifiquem a visão capitalista de investimentos.

     Mais diferente da maior parte do Amazonas, há um Oasis no meio do estado, esse se chama Manaus, estratégica para a preservação e o portão de entrada para a Amazônia, hoje uma das capitais mais ricas, com o 5˚ maior PIB do Brasil, necessita de uma atenção especial para o fornecimento de energia, nela esta encravado o Parque Industrial de Manaus, PIM, modelo de desenvolvimento que muito contribuiu para a conjuntura do estado.

     Histórico da Energia no Amazonas

     Desde o inicio da colonização do Amazonas é percebido o potencial da biomassa para geração de energia, a primeira forma de utilização da mata como combustível para a geração de energia, foi para abastecer os barcos que navegavam pela região. Os barcos exploradores eram compostos de máquinas a vapor, que queimavam lenha e carvão para a geração da energia de propulsão dos barcos, sendo o marco inicial de uma necessidade energética.

     Mais foi a partir do inicio do ciclo da borracha que passa a existir grandes modificações socioeconômicas, a exploração desse material trouxe riqueza e prosperidade, atraiu pessoas de muitos estados brasileiros para trabalhar nos seringais, houve o aumento exponencialmente da população de estado, trazendo toda necessidade de infra-estrutura para a região, e a economia da borracha deu a Manaus a primazia da iluminação publica (Souza, Rubens, 96).

     Sistemas de iluminação a gás, abastecimento de água, e o transporte dotado de bonde elétrico dotaram a cidade de Manaus de uma boa infra-estrutura já no inicio do século XX, isso demandando a adoção de um sistema de geração e distribuição de energia elétrica. A primeira usina a abastecer a cidade era constituída de um sistema a vapor (caldeira, turbina), que entregava energia mecânica a um dínamo com potência de 400 kW a uma tensão de 500 Volts em corrente continua (Loreiro,1978), isso em 1895, e em1896, é inaugurado a iluminação do Teatro Amazonas, energia essa constituída por uma pequena usina com duas máquinas a vapor, (Monteiro, 1965), e em 1897 a cidade possuía 16 km de linha, em 1903 é inaugurado a usina elétrica para atender o porto, caracterizada também por duas caldeiras e turbinas, alimentadas a lenha, com potencial para gerar 150kw/250V CC, em 1907 é inaugurada uma usina a vapor de 580 kW, constituída de 2 Caldeiras e 2 turbinas para atender a nova demanda da estação de bombeamento e filtragem de água, localizada na Ponta do Esmael (Loureiro, 1985). No ano de 1910 é inaugurada a usina de geração de energia situada no plano inclinado que constava de uma sistema a vapor, abastecido por lenha e carvão vegetal, com capacidade de 1400 kW em 550V em CC.

      Com o declínio da comercialização da borracha a capital amazonense passa por um período de fracos investimentos na área energética sendo retomado apenas no período da segunda guerra mundial, nessa fase inicia-se através da iniciativa privada, onde vê no beneficiamento de produtos regionais uma boa chance de retomar o crescimento regional. Essas indústrias de beneficiamento geravam a sua própria energia quer mecânica ou térmica para beneficiar sua matéria prima regional. Surge então pela primeira vez no Estado, a situação e o conceito de auto-produtor, (Diniz Alkimin).

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domingo, 18 de julho de 2010

Utilização racional de água.

JLNeto, Augusto

Racionalização na utilização da Água.


    Não menos preocupante é a utilização da água, em alguns pontos do planeta já e percebido a sua escassez. A utilização racional é uma necessidade, além de uma questão de meio ambiente, a implantação de medidas, e mudanças de alguns hábitos, podem reduzir o consumo de água e o valor da conta no fim do mês.
    Um grande vilão do consumo de água é o sanitário, a cada descarga jogamos fora uma quantidade de água tratada própria para o consumo direto para o esgoto, então buscar caixas de descargas mais econômicas é uma maneira de reduzir este desperdício, que sai um pouco caro, portanto e possível a racionalização deste recurso, seguindo algumas medidas: a reutilização de água, utilização de captadores de água da chuva, controle de vazamento, etc.

    O banho é outro grande consumidor de água, tem que haver bom senso na sua utilização do chuveiro, e a adoção de hábitos que possibilitem a redução, como: não demorar muito no banho, utilizar uma pressão de água adequada, desligar quando não estiver utilizando, pode fazer grande diferença, assim como durante a escovação de dentes, durante o barbeamento...

    Deve-se se verificada sempre a vedação de torneiras. Uma torneira pingando pode significar muito no consumo final de mês.

    Lavar carro, calçadas são fontes de desperdício de água, muito se vê a utilização sem ponderação e educação, sendo desperdiçada durante esses atos, esta água potável utilizadas para estes fins custam caros a cofres públicos, a ao meio ambiente.

    O meio ambiente vem sofrendo cada vez mais com a pressão da humanidade sobre os recursos naturais, que é finito, e podemos perceber atualmente sua degradação, a utilização desses recursos de modo racional é o mínimo que podemos fazer, trata de um bem para a natureza assim como para o nosso bolso, portanto, racionalize, economize, reduza o valor de contas de energia, de água, e bom para todo mundo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Princípios Básicos de Sensores

J L Neto, Augusto

     Princípios básicos de Sensores.

     Elemento fundamental dos Sistemas de Automação, o sensor pode ser utilizado em controle de processos continuo ou discreto para converter a variável física de entrada em variável de sinal de saída para que seja mostrado, armazenado ou manipulado, servindo de entrada para dispositivos ou sistemas.

    A maioria dos sensores são transdutores elétricos, pois convertem a grandeza de entrada para uma grandeza elétrica, que pode ser medida e indicada por um sinal eletroeletrônico denominado de medidor. (Telecurso 2000).

    Para Rosário 2005, um sensor pode ser definido como um transdutor que altera sua característica física interna devido a um fenômeno físico externo.

    O sensor é um dispositivo capaz de monitorar a variação de uma grandeza física e transmite essa informação a um sistema de indicação que seja inteligível para o elemento de controle do sistema. (Telecurso 2000).

    Um sensor muda seu comportamento sob a ação de uma grandeza física, podendo fornecer direta ou indiretamente um sinal que indica essa grandeza e convertendo uma quantidade física em um sinal elétrico.(Dally, Riley e McConnel, 1993).

    Sensores são freqüentemente transdutores, que são dispositivos que convertem uma forma de energia em outra.

    Podemos definir sensores então como: o elemento que percebe o estado de variáveis que monitora durante os processos, informando aos sistemas de controle.

    O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de controle, e nos instrumentos de medição, que freqüentemente estão associados aos Sistemas de Controle de malha fechada.


   Os Principais tipos de sensores utilizados na indústria são:

• De Proximidade – mecânico, óptico, indutivo e capacitivo.
• De Posição e Velocidade – potenciômetro, LVTD, tacogeradores, potenciômetros absolutos e relativos.
• De força e Pressão – Indutivo, capacitivo, piezoelétrico, piezoresistivo.
• De temperatura – Termopares, termoresistência (RTD), termistores.
• De vibração e Aceleração.

    Principais Características dos sensores.

• Linearidade: grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física.
• Faixa de atuação: intervalos de valores da grandeza em que podem ser utilizados os sensores.

    Classificação quanto aos tipos de variáveis controladas.

• Sensores Contínuos – realizam medições continuas das variáveis.
• Sensores Discretos – apresentam apenas dois estados, “ligado ou desligado”.

    Classificação quanto ao seu funcionamento.

• Auto alimentado ou passivo: o próprio elemento produz o sinal de saída, sem alimentação externa, exemplo desse sensor é o termopar, que converte a temperatura em sinal elétrico.
• Com alimentação externa ou ativo: Esse requer a alimentação de energia para obtenção do sinal de saída, podemos dar como exemplo o sonar, que emite um sinal para com a reflexão estimar a distância do objeto.

Rosário, João Mauricio, Princípios de Mecatrônica, ed. Prentice Hall, São Paulo, 2005.
Telecurso 2000, aula 07